Curso: Tecnologias na Educação – Ensinando e Aprendendo com as TICs
Biblioteca nº 01
Tema : Unidade 1
Subtema: Atividade 1.1 – Reflexões Iniciais
Biblioteca nº 01
Tema : Unidade 1
Subtema: Atividade 1.1 – Reflexões Iniciais
Cursista:Prof.ª Cláudia Clever Matias do Val1
Formadora: Lourdes Misael
Comentário sobre o texto de Juan Ignacio Pozo especialista em Psicologia da Aprendizagem e catedrático de Psicologia Básica na Universidade Autônoma de Madri (Espanha).
O autor inicia o texto com uma citação. “Vivemos em uma sociedade de aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez mais se aprende mais e cada vez mais se fracassa na tentativa de aprender.”
A sociedade deste início do século XXI caracteriza-se pela explosão da informação e da comunicação o que implica a necessidade de seleção, avaliação e processamento dessa informação para que se transforme em conhecimento válido e científico.
O acesso as informações está muito rápido, qualquer pessoa hoje consegue ter uma página na internet ou acessar a de outras pessoas, sem a necessidade de publicação. Mas com tanta informação, é preciso uma competência cognitiva, termo que o autor ressalta, em que as pessoas precisam adquirir para ter um olhar crítico, sobre tudo que é possível achar e ler, principalmente navegando na internet.
A educação aponta, nestes primórdios de um novo milênio, para a necessidade de um novo modelo de formação que supere as lacunas que se abriram com a mudança cultural impulsionada pela explosão da informação e pela ampliação dos canais de comunicação.
A internet e seus recursos abrem portas para uma renovação e diversificação de práticas pedagógicas, questionando professores sobre as suas concepções de ensino e de aprendizagem, já que a sala de aula deverá ser repensada em seus espaços de confinamento. Hoje, a questão da formação profissional não está ligada somente ao acesso ao conhecimento. Uma gama de informações se abre, de forma universal, para quem consegue ter acesso a um computador, que pode estar em casa, nas escolas, nas faculdades, no trabalho, nos shoppings, nas lan house ou em qualquer espaço onde alguém, público ou privado, colocou essa tecnologia.
A escola precisa formar um aluno que saiba dar sentido a tanta informação, e que eles adquiram capacidade de uma aprendizagem a uma assimilação crítica dessa informação. A aprendizagem deve ser internalizada não mais por repetição. O aluno hoje que decora, não interessa mais ao mercado de trabalho. Hoje, o mercado de trabalho busca um ser pensante, crítico... E isso só se constrói com muita leitura interpretativa, como o próprio autor diz: “um conhecimento verdadeiro, um saber ordenado”.
Para que isso aconteça de maneira concreta, o autor sugere o ensino das novas competências para a gestão do conhecimento. São elas: Competências para a aquisição de informação; Competências para a interpretação da informação; Competências para a análise da informação; Competências para a compreensão da informação; Competências para a comunicação da informação.
Mas para mudar a forma de aprender dos alunos é necessário orientar os professores para uso de tecnologias interativas dentro do seu fazer pedagógico e isso se torna urgente para prepará-los como leitores críticos e escritores conscientes das mídias que servem de suporte a essas tecnologias.
Esse será o novo desafio a ser enfrentados por nossos sistemas educacionais. Dessa maneira tanto saber, não fracassará mais ao se tentar aprender.
1Professora pedagoga, especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional, Mestranda em Psicologia educacional e social atraves do instituto INSET. Tutora Presencial da Universidade Luterana no Brasil (ULBRA) EAD Jaciara -MT.